terça-feira, 8 de abril de 2008

O técnico "faz-tudo"

Além das ideias, os técnicos fizeram a musealização, foram também fotógrafos, pensaram nos materiais, etc. Como disse a Dra. Esmeralda: “os arqueólogos fazem tudo. Portanto, fazemos tudo, somos os bombeiros”.
Encontrámos este factor em praticamente todos os locais que visitámos, ao longo da pesquisa dos possíveis contextos profissionais de um promotor artístico. No fundo, os responsáveis das áreas, arqueólogos neste caso, acabam por fazer um pouco de tudo para construírem o espaço, organizarem e elaborarem a comunicação, a própria promoção do museu e do seu conteúdo. Tudo é pensado e decidido entre aqueles que já trabalham naquela área, constituindo uma equipa reduzida e, como os próprios técnicos assumiram, isto implica mais tempo e uma grande dedicação por parte de pessoas que não tiveram formação naquilo que têm de elaborar.
Apesar de um conhecimento grande nos conteúdos de que tratam, os técnicos lidam com todas as vertentes do espaço museológico: inventam, imaginam, fotografam, orientam o espaço e materiais da forma que consideram mais significativa para mostrar ao público, olhando com olhos de técnicos, de interessados na área de estudo. Este factor poderá trazer benefícios, porque há uma envolvência “por dentro”, mas também seria positivo a contratação de profissionais mais direccionados para a área da comunicação, da divulgação, que conhecessem as melhores técnicas, e as mais diversificadas de forma a potenciar e a valorizar da melhor forma possível um espaço que exigiu tempo, dedicação e fundos.

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