quarta-feira, 23 de abril de 2008

Serviço Educativo e Centro de Documentação








Também na retaguarda, mas com trabalho muito visível, encontra-se o Serviço Educativo do Museu. O orientador da nossa visita refere que há uma grande preocupação em elaborar actividades que interessem a todas as idades, sendo da responsabilidade do museu proceder a uma educação não formal de crianças, jovens e adultos. Constata-se que, cada vez mais, os visitantes dos museus se interessam por visitas culturais estruturadas, em que haja uma preocupação evidente com aquilo que se ensina e com o que se vai ver. Na divulgação e promoção do museu, este é um aspecto também importante a ter em conta, na medida em que o que se promove deva ter impacto num número muito alargado de pessoas e interesses.
Daí que o Museu do Trabalho se preocupe não só com o que mostra no seu espaço, entre quatro paredes, mas também com o que pode acrescentar à comunidade, através dos conhecimentos e materiais que o museu detém. Outros serviços, como a constituição de maletas pedagógicas, emprestadas às escolas para que façam elas próprias a aprendizagem dos seus alunos, o apoio a projectos de vários tipos, através da preparação de visitas, ateliers, etc., actividades como gincanas culturais, são diversos projectos que extrapolam as paredes do museu, mas que os seus responsáveis ainda consideram como suas funções. Este ano o museu está direccionado para viver as multiculturalidades existentes em Setúbal, através da organização de tardes mensais interculturais, onde há uma partilha entre o que o museu tem para oferecer e a comunidade que dá também a conhecer a sua cultura e os seus saberes. “Importa ir ao encontro dos públicos”, refere Luís Catalão.
Além disso, o Centro de Documentação, devidamente catalogado com revistas e livros sobre os temas de que o museu trata de uma forma geral, permite dar apoio a investigadores que, muitas vezes, recorrem ao espólio do museu, tendo havido já diversos estudos elaborados tendo por base esta documentação.
No Serviço Educativo do museu, numa pequena sala cheia de bonecos, cenários e materiais, trabalham quatro pessoas: um animador sócio-cultural, duas educadoras e uma técnica de património. Estas pessoas fazem um pouco de tudo, quer montar histórias ou exposições, como construir fatos e materiais diversos. “São coisas feitas com poucos meios mas com muita vontade. Temos de ser polivalentes e gostar muito daquilo que fazemos”, assegura o orientador da visita. O material utilizado é muitas vezes reaproveitado, e até “os cortinados lá de casa servem para fazer os vestidos da Luísa Tody”.

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